Unidade das entidades populares para divulgar a
campanha e
coletar votos. MTST, MST, Levante Popular, Juventude da CTB, Casa
Fora do Eixo, Marcha das Mulheres, CMP, UNE e UBES e Juventude do PT
Escrito por: Isaías Dalle
A CUT e
os movimentos sociais combinaram trabalhar juntos na campanha pelo Plebiscito
Popular pela Reforma Política. A estratégia e as primeiras ações práticas foram
debatidas em reunião realizada na tarde desta segunda, na sede nacional da
Central, em São Paulo.
Participaram
do encontro lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), do
Levante Popular, do MST, da Juventude da CTB, Casa Fora do Eixo e Mídia Ninja,
UNE e UBES, CMP, Marcha Mundial de Mulheres e da Juventude do PT.
Movimentos
sociais unidos pela reforma política
A CUT
decidiu estimular a criação de comitês do Plebiscito em todos os sindicatos de
sua base. A existência de um comitê independe de espaço físico ou estrutura. O
mais importante é o engajamento das pessoas em divulgar o plebiscito, debater
seus objetivos com as demais nos locais de trabalho e na vizinhança e cuidar da
coleta de votos – levar urna e materiais de divulgação durante a semana entre
os dias 1º e 7 de setembro às ruas e praças, estações de trem, metrô e ônibus,
locais de trabalho, centros comunitários, sindicatos e onde mais for possível.
As urnas podem ser desde uma caixa de sapato adaptada para esse fim até uma
urna de verdade.
Portanto,
cada sindicato, um comitê.
Outra
ação planejada na tarde de hoje é a realização de um ato político durante a
Plenária Nacional da CUT, entre os dias 28 e julho e 1º de agosto, com a
presença dos movimentos sociais. As 27 Plenárias estaduais, que ainda estão
acontecendo, também têm dado prioridade à participação no Plebiscito. O
objetivo é fazer de cada delegado e delegada um multiplicador engajado nessa
campanha.
Vagner e
Sérgio: prioridade à campanha
“O Brasil
está num momento de ebulição social, e isso para quem, como nós, sempre lutou
por liberdade e protagonismo popular, é muito estimulante”, comentou o
presidente nacional da CUT Vagner Freitas. “Pobre o povo que for apático. E nós
temos de acompanhar esse sentimento e colocar nossas propostas para o público”,
disse.
Como observado
pelo secretário-geral Sérgio Nobre, a reforma política “é o ponto de identidade
e de unidade mais claro entre as entidades na atual conjuntura”. Afirmou também
que a proposta de convocar a participação popular para a elaboração de uma
constituinte da reforma, apresentada pela presidenta Dilma no ano passado, “foi
um ato de coragem”.
O
objetivo da organização da campanha pelo Plebiscito Popular por uma
Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político é ultrapassar 10 milhões
de votos, marca atingida pelo plebiscito contra a Alca, realizado em 2002, e
que está servindo como referência para a atual campanha.
Nas
cédulas, virá impressa a pergunta: “Você é a favor da convocação de uma
constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? (
)SIM ( )NÃO.
Júlio
Turra, dirigente executivo da CUT, sugeriu durante a reunião que a campanha
deve se concentrar no lema da reforma política, para que a mensagem seja bem
compreendida, o que pode não ocorrer caso mais de um tema seja incluído na comunicação.
“Até porque todas as demais reformas e mudanças estruturais que precisamos e
reivindicamos dependem da reforma política para acontecer. O sistema político
travas as mudanças”, explicou.
Reunião
na sede da CUT debate ações práticas para o Plebiscito
Sérgio
Nobre completou: “Essa é uma boa abordagem para as entidades divulgarem essa
bandeira. O que a reforma política tem a ver com moradia, transporte de
qualidade, segurança, educação, saúde pública, reforma agrária e democratização
das comunicações? Vamos falar disso para as pessoas”.
Na
avaliação dos movimentos presentes à reunião, é unânime o entendimento de que o
Plebiscito será uma oportunidade de politizar as pessoas. “Temos que fazer a
disputa, não podemos deixar as ruas para os setores conservadores”, disse Igor
Felippe Santos, do MST.
Para saber mais sobre o Plebiscito e ler outros
textos sobre o tema publicado pela CUT clique
aqui.
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