CUT encerra Congresso aprovando plano de lutas para
barrar retrocesso e ampliar conquistas
13/07/2012
Central tomará as ruas do paÃs no segundo semestre por mais empregos, salários e direitos, afirma Vagner Freitas
Escrito por: Leonardo Severo, Luiz Carvalho
e William Pedreira
Dino Santos
Delegados aprovam Plano de Lutas da Central
O 11º Congresso Nacional da Central
Única dos Trabalhadores (CONCUT), que reuniu mais de 2.300 delegados e delegadas,
além de 140 dirigentes sindicais internacionais de 40 paÃses, encerrou nesta
sexta-feira (13) num clima de congraçamento e combate, aprovando um sólido
plano de lutas para enfrentar os impactos negativos da crise que afunda as
economias dos paÃses capitalistas centrais.
O espÃrito de
mobilização e combate manifestado ao longo dos cinco dias de debates ganhou
corpo no plano, que centra fogo no protagonismo da classe trabalhadora no campo
e na cidade, na defesa do mercado interno, na geração de emprego, na distribuição de renda, na valorização dos servidores e dos serviços
públicos, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, fim do
fator previdenciário, contrato coletivo nacional de trabalho da construção
civil, democratização da comunicação, reforma agrária e por mais recursos para
a agricultura familiar.
Nas intervenções das
lideranças dos mais diferentes ramos, uma só determinação: a de afirmar
coletivamente, com suas Confederações, Federações e mais de três mil Sindicatos
um projeto nacional de desenvolvimento que se contraponha à lógica parasitária
e excludente do sistema financeiro.
Roberto Parizotti
Rosane Bertotti: CUT levará às ruas bandeira pela democratização da comunicação
IncluÃda no Plano de
Lutas, a agenda de mobilizações imediatas da CUT para o próximo perÃodo, que
congrega a Jornada Nacional de Lutas, terá inicio no dia 18 de julho com a
marcha dos/as servidores/as federais da CUT com apoio e sustentação da Central.
Já em agosto, no dia
15, A CUT realizará uma grande Marcha levando às ruas a Plataforma pelo fim do fator previdenciário,
contra desoneração patronal, a rotatividade e precarização, pela ratificação da
convenção 158, redução da jornada e outras bandeiras de luta heterogêneas que
envolvem todo conjunto da classe trabalhadora.
Congregam também a
Jornada de Lutas, a participação da Central na Marcha dos Rurais pela Reforma
Agrária contra o latifúndio e o agronegócio marcada para agosto, apoio à Marcha
Nacional da Educação, em BrasÃlia, que ocorrerá no mês de setembro, e, apoio à s
campanhas salariais unificadas das diversas categorias do segundo semestre
contra o discurso do arrocho, buscando ampliar as conquistas.
Roberto Parizotti
Vagner conclama militância para as mobilizações do segundo semestre
Como destacou o presidente
recém-eleito, o bancário Vagner Freitas, “o Brasil precisa deixar de ser o
paraÃso dos bancos”, investindo na produção e no fortalecimento do setor
público os imensos recursos ainda esterilizados na especulação, dotando o paÃs
das condições necessárias a incorporar os milhões de jovens que chegam
anualmente ao mercado de trabalho, mas também garantindo apoio e segurança aos idosos.
Para isso, ressaltou
Vagner, “a CUT vai aprofundar o diálogo com a sociedade civil, fortalecendo
ainda mais a aliança com os movimentos sociais, para impedir o retrocesso
defendido pelos tucanos e sua polÃtica de desmonte do Estado, de privatizações
e terceirizações”.
Ao final, Vagner leu uma
mensagem encaminhada pelo ex-presidente Lula que não pode comparecer ao 11º
CONCUT por motivos de saúde.
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